O governo chinês lançou aulas virtuais para milhares de estudantes, o que representa a maior experiência online da história da China, numa tentativa de voltar à normalidade face ao surto do novo coronavírus, avança o jornal El Confidencial. Funcionários de empresas também têm sessões de teletrabalho, uma vez que continuam sem poder voltar às cidades onde trabalham.

Apesar de 200 milhões de crianças, adolescentes e pais ainda não saberem quando vão reabrir escolas e instituições de ensino, os alunos continuam a estudar em casa através de aulas virtuais, que têm início às 8h, avança o jornal. Alunos do ensino primário têm aulas de caligrafia, matemática e educação física até cerca das 20h. Já as aulas do ensino secundário têm acesso a uma plataforma online com mais de 169 aulas virtuais constantemente atualizadas, que podem ser consultadas por 50 milhões de estudantes em simultâneo.

Segundo o El Confidencial, esta medida revelou o enorme fosso digital entre gerações nas áreas rurais e urbanas da China. Muitos alunos vivem em pequenas cidades com os avós — ou são deixados ao seu cuidado enquanto os pais vão trabalhar — o que dificulta a aprendizagem, uma vez que as gerações mais velhas na China têm pouco acesso a novas tecnologias e, por isso, não têm capacidade para auxiliar o estudo das crianças.

A descida do número de casos de coronavírus na China nos últimos dois dias já levou algumas pessoas a voltar aos seus postos de trabalho, mas as medidas de controlo mantém-se: à entrada, mede-se a temperatura a todos os funcionários; é proibida a utilização de elevadores por mais de duas pessoas ao mesmo tempo, e aconselha-se que seja mantida uma distância considerável durante as refeições.

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