A startup portuguesa Mindflow, que gere uma plataforma de criação de jogos de perguntas e respostas como técnica de formação para empresas, usou o seu software para fazer um quiz sobre o coronavírus. Com mais de 200 perguntas e 28 níveis para o jogador vencer, o objetivo da empresa liderada por Lina Gomes foi criar um jogo que “reduzisse o alarmismo excessivo e desmitificasse as questões à volta do coronavírus”, como contou ao Observador.

O jogo foi lançado esta segunda-feira para smartphones e para criar as perguntas, a empresa recorreu às informações públicas disponibilizadas “pela Direção Geral de Saúde, a Organização Mundial de Saúde e o departamento nacional de saúde britânico”.

Nos primeiros níveis as pessoas conseguem perceber com facilidade a resposta certa, mas a dificuldade vai aumentando”, explica Lina Gomes.

Este é, atualmente, o único quiz de acesso livre que a Mindflow tem na sua app, a Mindflow Academy (os outros são criados por empresas e, por isso, não estão acessíveis a todos). Para jogar, o utilizador pode fazer o download da aplicação, disponível para os sistemas operativos iOS e Android. depois, regista-se e insere o código COVID19 para poder começar a passar os níveis. Há também a possibilidade de desafiar outros utilizadores. Quantos mais níveis forem ultrapassados, mais pontos ganha e mais aprende sobre os cuidados a ter sobre o coronavírus.

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Lina Gomes teve a ideia de criar este jogo a 28 de fevereiro. No mesmo dia falou com Bruno Caceiro, diretor tecnológico e um dos sócios da empresa, “que tinha tido exatamente a mesma ideia”. Ao todo, dos cinco membros da equipa que fazem parte da startup, três foram construindo as perguntas e respostas durante uma semana. Contudo, uma pessoa podia ter demorado apenas três dias a fazer o mesmo quiz na plataforma da Mindflow, afirma Lina Gomes, se estivesse apenas dedicada ao projeto.

A plataforma da Mindflow tem sido desenvolvida “ao longo do últimos cinco anos” e é utilizada por empresas para, através destes jogos de perguntas e respostas, criarem formas interativas para ações de formação. “A lógica da gamificação e do ensino adaptativo”, explica Lina Gomes. Ou seja, se uma pessoa errar, quem constrói os tópicos pode criar mais perguntas parecidas e o sistema, automaticamente, passa a fazer mais questões semelhantes de forma a facilitar a aprendizagem.

Atualmente, a Mindflow vende a sua plataforma para mais de 16 países e tem parcerias com a Universidade de Leeds, no Reino Unido, e a Universidade de Paris, em França. A startup foi criada em 2011, em Coimbra, e está sediada no Instituto Pedro Nunes.