Um laboratório no Reino Unido está à procura de voluntários dispostos a ficar infetados com coronavírus para ajudar no desenvolvimento de uma vacina, avançou o The Times esta terça-feira. A oferta é tentadora: receber cerca de quatro mil euros para passar duas semanas a relaxar. Em contrapartida, os voluntários ficam proibidos de ter qualquer contacto com o mundo exterior, tal como qualquer pessoa que fique infetada de forma não propositada.

A empresa está à procura de 24 voluntários ou menos que aceitem ser infetados com duas estirpes de coronavírus, 0C43 e 229E, que deverão causar doenças respiratórias leves. Mas nem todos poderão ser aceites: antes, cada voluntário terá de mostrar o seu historial médico e será sujeito a testes.

Depois de serem escolhidos, durante duas semanas, os participantes não poderão fazer exercício físico e terão a alimentação controlada. Enquanto isto, os médicos e as enfermeiros vão guardar os lenços usados e fazer testes ao sangue e ao muco nasal.

“As empresas de medicamentos podem ter uma ideia muito boa alguns meses depois de iniciar um estudo de vacina, quer resulte ou não, utilizando uma amostra tão pequena de pessoas”, explicou Andrew Catchpole, cientista chefe da Hvivo, empresa que gere a unidade de quarentena do laboratório em Londres no qual os voluntários serão mantidos em isolamento.

Hvivo é uma das mais de 20 empresas e organizações que estão na corrida para desenvolver uma vacina para curar o novo coronavírus, que já provocou mais de quatro mil mortes em todo o mundo.

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