Um neurocirurgião do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC) está a ser investigado por suspeitas de negligência médica, por ter realizado práticas consideradas desadequadas que causaram a morte de vários pacientes, incluindo dois em janeiro, avança esta terça-feira o Diário de Notícias. O médico tem 62 anos e é o chefe da equipa especializada em tumores cerebrais e dos cerca de dez anestesistas – só três dos mais antigos do serviço continuam a mostrar-se disponíveis para apoiar as suas cirurgias.

Em causa poderão estar crimes de homicídio por negligência. A queixa dirigida à procuradora-geral da República (PGR), Lucília Gago, e ao diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ), Luís Neves, foi apresentada por profissionais do hospital e outros médicos que o acompanham, que não conseguiram ficar indiferentes.

As alegadas más práticas têm sido alvo de queixas expostas por escrito e entregues aos quadros do hospital desde pelo menos 2018, segundo a denúncia que está a ser investigada. O conselho de administração do CHUC, no entanto, afirmou não ter conhecimento, “oficialmente, da existência da situação descrita”.

Segundo os médicos e enfermeiros do serviço de neurocirurgia, em declarações ao DN, estão já preparados um conjunto de fotografias e relatórios que comprovam as más práticas do médico, como “puxar o tumor agarrado ao tronco cerebral”, o que terá provocado a morte do paciente, explica uma das fontes.

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