A Federação Europeia de Bancos ((EFB na sigla inglesa) pede medidas de emergências ao Banco Central Europeu e à Comissão Europeia que permitam à banca apoiar as empresas e as famílias com dificuldades em cumprir os pagamento, devido às consequências do coronavírus na economia.

Na carta enviada Banco Central Europeu e à Comissão Europeia, a federação diz que é necessária flexibilidade para conter as barreiras regulatórias aoa financiamento dos clientes bancários que estão em dificuldades temporárias. O apelo dirige-se às autoridades europeias e nacionais e aos supervisores bancários no sentido de adotar uma série medidas necessárias para neutralizar os efeitos do Covid 19.

A carta foi divulgada pela Associação Portuguesa de Bancos (APB) numa nota em que dá ainda conta que o “setor bancário português está empenhado e disponível para dar o seu apoio às empresas e à economia portuguesa neste momento particularmente desafiante, tendo já a APB manifestado às autoridades nacionais a sua total disponibilidade para trabalhar no desenho de soluções que melhor se adequem à situação concreta do contexto nacional.”

O que pedem os bancos europeus no imediato:

  1. A adoção imediata de decisões para evitar efeitos adversos na liquidez (capacidade financeira) das empresas e famílias nas próximas semanas.
  2. Nesse sentido, as autoridades devem permitir a utilização de instrumentos de moratória (adiamento de reembolsos e outros compromissos) para os devedores sólidos que estejam a sofrer insuficiências de tesouraria devido ao impacto do Covid 19. Este instrumento deve permitir aos bancos reestruturar os calendários de pagamentos dos clientes afetados pelas consequências da pandemia, sem que isso penalize a avaliação da sua solidez financeira. Nomeadamente, aligeirando as almofadas de liquidez e rácios de solidez financeiro que estão neste momento em vigor.
  3. Os supervisores devem assegurar que existe liquidez na banca para financiar negócios, nomeadamente pequenas empresas. Um dos impactos mais imediatos é no fornecimento nas cadeias de abastecimento o que causa atrasos nas entregas e nos pagamentos.

A médio e longo prazo.

  1. Ações de médio para assegurar a continuidade da concessão de crédito pelos bancos que lhes permite manter a sua solidez financeira durante seis meses.
  2. Outras medidas para aliviar os efeitos prudenciais (nos rácios financeiros exigidos pelos reguladores) nos bancos no próximo ano.
  3. Os bancos defendem ainda que os supervisores devem ponderar o adiamento de aumentos de capital associada a uma mudança de critérios para a definição de situações de default (incumprimento). “Este não é o momento certo para estar a imobilizar capital que poderia estar a ser usado para apoiar a economia real”.

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