*Em atualização.

Em fase de coronavírus e isolamento social, o ensino à distância é uma ferramenta útil para se aprender. Por causa disso, algumas startups portuguesas, como a Ubbu ou a Dreamshapers, estão a disponibilizar as suas plataformas online de ensino, algumas gratuitamente. Abaixo, reunimos as principais startups e instituições que, nesta época, estão a fazê-lo e mostramos como pode usufruir. Tudo à distância de uns cliques, claro.

A Ubbu juntou-se a outras plataformas mundiais de software e alargou a todas as escolas nacionais do 1º ao 6.º ano de escolaridade os seus conteúdos. Para que o ensino em regime remoto seja facilmente adotado, a startup portuguesa criou conteúdos para as escolas, pais e alunos com ferramentas e instruções especialmente dedicadas a esta realidade.

Preparámos esta solução para que os alunos que já estavam a seguir o programa não saiam prejudicadas e para que outros que tenham sido forçados a ficar em casa possam ocupar o seu tempo de forma produtiva. As escolas encerradas em Felgueiras já estão a receber apoio em regime remoto e foram o exemplo impulsionador desta ação.” diz João Magalhães, CEO da Ubbu.

Todas as escolas que estão encerradas nesta fase podem inscrever-se através do formulário online criado pela empresa para poderem disponibilizar o acesso aos alunos. Em comunicado, a Ubbu refere que os pais e estudantes não podem inscrever-se diretamente na plataforma e recomenda contactar-se a escola e professores para poder ter acesso aos conteúdos.

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Os conteúdos de aprendizagem em programação consistem numa aula de uma hora por semana e têm como base os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU. A startup existe desde 2014 (anteriormente chamava-se “Academia de Código_Júnior”).

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A DreamShaper, uma plataforma desenvolvida por Miguel Queimado com a ajuda de professores das universidades de Harvard e Stanford, também é uma possibilidade de aprendizagem à distância. Através de uma app ou do site, a startup permite aos alunos “construirem projetos relacionados com os temas que estão a aprender nas suas aulas”.

Este software é usado para os alunos construirem projetos relacionados com os temas que estão a aprender nas suas aulas e é utilizada em diversas disciplinas por professores e alunos do ensino básico, secundário e profissional.

A startup disponibiliza uma demonstração gratuita no seu site oficial e está disponível em quatro línguas (português, espanhol, inglês e húngaro). Atualmente, há mais de 150 mil alunos e 300 escolas em vários países a utilizar a plataforma.

Já fora do campo das startups, a FCCN (Unidade de Computação Científica Nacional), inserida na FCT (Fundação para a Ciência e Tecnologia), anunciou que, durante esta fase, reforçou a capacidade dos seus principais serviços. Por isso, serviços como o Colibri, que permite a realização de aulas e reuniões à distância até 300 participantes por sessão, ou o Videocast, que permite fazer transmissão de vídeo pela internet com chat integrado, estão atualmente reforçados e disponíveis para a comunidade académica.

Além destas plataformas, a FCCN disponibiliza também o Educast, uma plataforma com mais de 22 mil vídeos educativos, o “NAU – Sempre a Aprender”, que disponibiliza acesso a cursos online para grandes audiências, e o Filesender que permite a instituições académicas enviar ficheiros até 100 GB. Estes serviços podem ser acedidos através do site da FCCN por académicos.

O grupo LeYa está também a disponibilizar gratuitamente durante este período o acesso ao Banco Aula Digital a todos os professores e alunos. Através desta plataforma, além de se ter acesso a manuais escolares, os professores podem atribuir tarefas, testes e quiz ou enviar recursos aos alunos, para que estes possam “dar continuidade, rever e consolidar os conhecimentos”, diz a empresa em comunicado.

Para os alunos terem acesso ao recursos partilhados pelos professor devem entrar na plataforma e registar-se como aluno. Na opção “Oferta escolar” devem preencher os campos e ativar (para os alunos do Ensino Privado e das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira este passo não é necessário).

A Porto Editora, dá durante esta fase acesso gratuito a todos os alunos dos ensinos básico e secundário à plataforma Escola Virtual para facilitar o ensino à distância. De acordo com a empresa, esta medida vai estar em vigor “durante a pausa letiva”.

Enfrentamos uma situação excecional, que nos desafia, enquanto sociedade, a encontrar soluções para os problemas que se nos deparam. Um cenário como este, de nos vermos forçados a fechar todas as escolas, pode trazer um grau de instabilidade e alguma ansiedade e é isso que queremos diluir com esta iniciativa, dando a professores e alunos acesso a uma plataforma de estudo com aulas interativas que, atualmente, já é usada por 200 mil jovens e professores na maioria dos estabelecimentos de ensino”, diz Vasco Teixeira, administrador da Porto Editora.

A escola virtual permite aos professores organizar aulas, propor exercícios para consolidação e revisão de matérias e partilhar os conteúdos com os seus alunos através de email. Os docentes podem ainda criar turmas na plataforma para monitorizar o trabalho dos alunos através de tarefas.

A Porto Editora explica que para se ter acesso a estes conteúdos “os alunos ou os encarregados de educação só têm de proceder a um registo simples, em que apenas é necessário identificar o estabelecimento de ensino e o ano de escolaridade”. Depois, os conteúdos, como versões digitais dos manuais escolares adotados, são disponibilizados “de imediato” os conteúdos da plataforma e as  no respetivo estabelecimento de ensino para esse ano de escolaridade.