As cheias da passada sexta-feira em Díli causaram mais de 20 milhões de dólares (18,3 milhões de euros), em estragos e danos em infraestruturas essenciais, anunciou esta quinta-feira o primeiro-ministro timorense.

“Estamos a fazer um levantamento que ainda não está totalmente concluído, que aponta para estragos de mais de 20 milhões de dólares” (18,3 milhões de euros), disse Taur Matan Ruak, no final do encontro semanal com o Presidente de Timor-Leste.

“As cheias afetaram muita população, muitas infraestruturas físicas, a rede elétrica, água, estradas, ribeiras. O Governo está a fazer um esforço grande para a recuperação das infraestruturas”, sublinhou.

Para a recuperação dessas infraestruturas, o Governo vai recorrer ao Fundo de Infraestruturas, em paralelo com o apoio de emergência aos mais de dez mil afetados, indicou.

O chefe do governo timorense acrescentou que é um processo complexo porque o Governo está a trabalhar com duodécimos desde 01 de janeiro, motivo pelo qual o Conselho de Ministros aprovou um pedido adicional de levantamento do Fundo Petrolífero de 250 milhões de dólares (228,78 milhões de euros).

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Esse pedido tem agora de ser debatido e aprovado no Parlamento Nacional, que vai também discutir, na mesma altura, uma alteração à lei de gestão financeira para flexibilizar o regime duodecimal.

Treze “sucos” (freguesias) das zonas central e leste da capital timorense foram fortemente afetadas pelas cheias que deixaram mais de duas mil famílias e dez mil pessoas afetadas, com danos sérios a bens pessoais. Até ao momento a ajuda básica de emergência chegou apenas a cerca de 500 famílias.

As operações de limpeza ainda estão a decorrer e várias zonas continuam com restos de lama e detritos ainda por remover, a que se somam trabalhos intensos de limpeza de ribeiras.

Entretanto, os serviços de meteorologia timorenses alertaram para riscos de “tempestade com chuvas de intensidade forte a muito forte” na sexta-feira e sábado, com rajadas de vento de 25 a 45 quilómetros/hora em grande parte do território, incluindo a capital.

Entre as áreas onde os serviços alertaram para a possibilidade de inundação, contam-se a maior parte dos municípios, incluindo a capital timorense.

Os serviços meteorológicos australianos, que monitorizam o estado do tempo em Timor-Leste, também apontaram para a possibilidade de chuva ou tempestades durante as tardes e noites dos próximos dois dias.