A Guarda Nacional Republicana (GNR) confirmou esta sexta-feira que tem dois militares infetados com o coronavírus.

“Infelizmente, e porque o vírus não escolhe profissões, idades ou géneros, contamos neste momento com dois militares infetados, três com suspeita de infeção, 57 em quarentena e 77 em avaliação”, lê-se num comunicado enviado aos meios de comunicação social.

“Os militares da Guarda, com tranquilidade e serenidade, procurarão manter ininterruptamente a sua capacidade operacional, adaptando-se à nova realidade, e procurando ir ao encontro das necessidades dos Portugueses”, acrescenta o comunicado.

Na nota, a GNR explica ainda que tem vindo a “ajustar o seu funcionamento e as suas rotinas, a fim de manter uma capacidade de resposta condicente com as necessidades do País, neste período de pandemia como o que vivemos”.

“Mais do que o habitual policiamento de proximidade, os militares da GNR têm procurado potenciar as suas capacidades distintivas, caraterísticas de uma força de segurança de natureza militar, no que diz respeito à segurança e vigilância do Território Nacional, monitorizando movimentos e controlando fronteiras, através de afetação diária de mais de 500 militares”, sublinha a GNR.

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A GNR informa ainda que distribuiu pelos seus militares mais de 28 mil kits de proteção individual e criou uma sala de situação destinada exclusivamente a monitorizar e apoiar os militares com sintomas de doenças.

Todos os dias, a GNR tem realizado mais de 1.800 patrulhas, com os carros a percorrerem uma média diária de 120 mil quilómetros.

PSP também já confirmou infeção de um agente

A confirmação da GNR surge um dia depois da notícia de que também um agente da PSP tinha sido infetado.

Esta manhã, na Rádio Observador, o porta-voz da direção nacional da PSP, Nuno Carocha, confirmou essa informação.

“É o primeiro caso que temos — esperemos que se mantenha o único — de um polícia infetado. Era um polícia que já estava sinalizado, já estava em quarentena. Temos seguido estritamente todas as indicações da Direção-Geral da Saúde no que diz respeito à sinalização de casos e ao seu isolamento imediato. Portanto, estamos em crer que também conseguimos evitar que esse polícia constituísse uma fonte de contágio para o resto da comunidade”, disse Nuno Carocha.

“Os restantes polícias que com ele fazem equipa estão também a ser monitorizados e seguidos pelas autoridades de saúde. Se necessário, vão ser também isolados. Por agora, esse polícia é o único que tem os sintomas do contágio”, acrescentou o porta-voz.