Qualquer cidadão europeu mais atento já deveria ter “desconfiado” da discrepância entre os prazos avançados pelos médicos em relação ao coronavírus e o período de fecho das fábricas anunciado pelos fabricantes, de automóveis e não só. Enquanto os segundos falam no encerramento das linhas de produção durante duas a três semanas, os primeiros prevêem que o pico da doença só aconteça dentro de um mês, ou mais, consoante o país. E a esta data previsível para se atingir o número máximo de infectados, a ter lugar algures na segunda metade de Abril, irá necessariamente seguir-se um longo período de lenta recuperação, que só permitirá o regresso dos trabalhadores mais tarde. Daí a previsão menos optimista do CEO da Volkswagen, Herbert Diess.

Através do Linkedin, Diess começou por recordar o anúncio formal da marca que dirige. “A maioria das nossas fábricas vai fechar durante duas semanas, em algumas regiões três”, informou, para depois acrescentar que “é provável que estas medidas se prolonguem”. Segundo a Automotive News, o responsável máximo pela Volkswagen e pelo grupo acredita que “o controlo do vírus não vai ser conseguido nas próximas semanas”. Razão pela qual defende que “temos de estar preparados para viver com esta ameaça durante um longo período, até estarem disponíveis medicamentos ou vacinas”.

A Volkswagen está a preparar-se para enfrentar esta crise, que submeterá a sua liquidez a um esforço adicional. Mas a vida continua e os alemães têm de garantir que tudo estará em condições de avançar rapidamente assim que o coronavírus for finalmente domado, sobretudo porque o ID.3 está previsto para Junho e é fundamental garantir as baterias necessárias para alimentar os seus motores eléctricos.

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