As autoridades guineenses anunciaram a redução de passageiros nos transportes públicos, devendo o táxi passar a transportar duas pessoas, em vez de quatro, para reduzir o risco do contágio pelo novo coronavírus.

Segundo o diretor-geral de Viação e Transportes Terrestres, André Deuna, a medida abarca táxis, “toca-tocas” (transportes inter-bairros em Bissau) e as candongas (transportes interurbanos).

Doravante, por exemplo, uma candonga que transportava 16 pessoas, passa a levar 12, incluindo o condutor do veículo, e um autocarro, que faz a ligação entre Bissau e o interior do país, baixa a capacidade de 55 pessoas para 35.

O diretor-geral de Viação e Transportes Terrestres assinalou que a medida de redução do número de pessoas nos transportes públicos “não se trata de castigar o povo, mas de o ajudar na prevenção” da covid-19, frisou.

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O presidente da Federação das Associações de Transportadores e Proprietários de Veículos Públicos, Caram Cassamá, notou que a sua organização não foi consultada pela Direção-Geral de Viação antes da tomada de decisão, mas, no entanto, concorda com a medida.

Caram Cassamá disse que vários proprietários de transportes públicos decidiram da sua livre vontade parar os carros, por considerarem que estão a perder dinheiro, mas também por entenderem que “o momento é crucial”.

Cassamá afirmou que o melhor seria que as autoridades ordenassem a paragem dos transportes públicos, durante, pelo menos, uma semana, observou.

A Guiné-Bissau ainda não registou nenhum caso confirmado clinicamente de infeção pelo novo coronovírus, embora estejam em análise as amostras de cinco pessoas (todas estrangeiras) suspeitas de terem sido contaminadas fora do país.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 17.000. Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena, estado de emergência e o encerramento de fronteiras, como é o caso da Guiné-Bissau.