O primeiro-ministro timorense instruiu quarta-feira os membros do governo a procederem a uma redução “expressiva” da presença de funcionários públicos nos locais de trabalho, como medida preventiva da Covid-19.

A resolução esta quarta-feira aprovada em Conselho de Ministros segue instruções já dadas anteriormente e abrange todos os Ministérios e demais órgãos da administração direta e indireta do Estado. Caberá a essas estruturas identificar “os recursos humanos estritamente necessários a assegurar o funcionamento, em regime de serviços mínimos, dos serviços públicos que superiormente dirijam”.

Os serviços mínimos são “aqueles cuja prestação seja fundamental para assegurar o funcionamento da Administração Pública e a prestação de bens e serviços aos cidadãos e às empresas que tenham natureza urgente ou inadiável”, refere um comunicado do executivo.

Quem ficar dispensado da comparência nos serviços terá que permanecer contactável por telefone e apresentar-se “sempre que para o efeito sejam convocados pelo respetivo superior hierárquico”. Deverá ser ainda implementado um sistema para que, sempre que possível, continuem a trabalhar “em regime não presencial e por intermédio das novas tecnologias de comunicação e informação”.

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Finalmente o governo recomenda aos funcionários cuja presença é dispensada que “adotem comportamentos de isolamento social, de forma a evitar a propagação da Covid-19”, contribuindo assim para os esforços de contenção do número de infeções.

Timor-Leste tem até agora um caso confirmado de Covid-19, tendo sido realizados testes, com resultado negativo, a dez outras pessoas, segundo a informação divulgada hoje pelo Ministério da Saúde.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais de 400 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 18 mil. Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 6.820 mortos em 69.176 casos. Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são a Espanha, com 2.696 mortos em 39.673 infeções, o Irão, com 1.934 mortes num total de 24.811 casos, a França, com 1.100 mortes (22.300 casos), e os Estados Unidos, com cerca de 600 mortes (mais de 50 mil casos).

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento ou restrições nas fronteiras.