A maioria dos construtores viu o seu rating junto das instituições de crédito ser alvo de cortes consideráveis por parte dos analistas do mercado, como a Moody’s e a S&P. E logo numa fase em que todos eles (ou quase todos) necessitam de empréstimos chorudos para fazer frente à quebra da facturação, fruto de as fábricas estarem paradas e os clientes longe dos stands de venda. De acordo com a Automotive News, BMW, Ford e Toyota caíram, enquanto a maioria dos seus concorrentes foram colocados sob observação, mas a S&P relegou a Ford para o nível de lixo.

A BMW baixou para A2, enquanto a General Motors, Daimler, Jaguar Land Rover, PSA, Renault, Volkswagen AG, Volvo Cars e McLaren passaram a estar sob observação. No Japão, Toyota, Nissan e Honda desceram de nível. A Moody’s antecipa uma quebra do mercado global de 14%.

O mercado japonês é um dos mais fustigados pela crise da Covid-19, o que levou mesmo a Toyota, tradicionalmente um dos fabricantes com melhor rating, a baixar de A1 para A3. A Honda desceu igualmente, de A2 para A3, mas foi a Nissan quem mais sofreu, com o rating a cair de Baa1 para Baa3.

Após analisar a situação da Ford, a S&P Global Ratings resolveu baixar mais um ponto, relegando a marca americana ao nível BB+ e está a ponderar reduzir ainda mais. Tudo porque a Ford está a braços com uma reestruturação de 11 mil milhões de dólares, cuja eficiência tem ainda de ser confirmada.

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