A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) denunciou 1.600 despedimentos em cantinas escolares e em empresas portuguesas do setor do calçado, têxtil e indústria automóvel, alertando para os abusos laborais que decorrem da crise económica provocada pelo surto do novo coronavírus, avança a TSF.

No documento elaborado pela CGTP, citado pela rádio, a intersindical diz que esta é apenas “uma amostra” do que pode vir a acontecer em todo o país, dizendo que considera esta situação ilegal e que já enviou a lista com os nomes das empresas e o número de despedimentos para a Autoridade para as Condições do Trabalho e para a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Segundo a TSF, só nas cantinas das escolas primárias de Sintra despediram 200 pessoas contratadas através de empresas de trabalho temporário. No mercado de Algés, no concelho de Oeiras, foram despedidas 15 pessoas com contrato a prazo, enquanto 7 funcionários continuam a trabalhar 13 horas por dia, “alguns sem direito a pausa para alimentação”. Em algumas fábricas alguns trabalhadores foram “obrigados a aceitar férias”, e segundo a intersindical, há empresas em que os trabalhadores são forçados a “rescindir contratos de trabalho” ou que obrigam “os trabalhadores a terem uma semana de férias alternada com uma semana de trabalho”, no setor do calçado, por exemplo.

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