Os utentes do Centro de Apoio e Solidariedade da Pousa (CASP), em Barcelos, estão esta segunda-feira a fazer os testes de despistagem da covid-19, com vista à transferência dos não infetados para uma unidade de saúde particular do concelho.

O anúncio foi feito pelo presidente da Câmara de Barcelos, Miguel Costa Gomes, numa conferência de imprensa por videoconferência.

Segundo o autarca, o CASP “não tem condições internas”, tanto a nível de instalações como de pessoal, para garantir o necessário isolamento, separando os infetados dos não infetados. “Vamos retirar do lar os que não estão infetados e colocá-los uma unidade de saúde privada“, acrescentou.

No domingo, o presidente da direção do CASP, Joaquim Pereira, disse à Lusa que já estavam contabilizados cinco idosos e quatro funcionárias infetados com Covid-19.

Os cinco utentes que testaram positivo estão em isolamento na instituição e assim deverão continuar se permanecerem, como atualmente, “estáveis”. Os restantes 19 utentes mantinham-se assintomáticos.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Das 31 funcionárias que a instituição possui, e ainda segundo Joaquim Pereira, só “menos de meia dúzia” estava ao serviço. Das restantes, quatro estão em casa após terem testado positivo para a Covid-19 e as outras ou apresentam sintomas da doença, ou estão em quarentena, incluindo as duas enfermeiras da instituição.

Esta segunda-feira, estão a ser feitos testes a todos os utentes e funcionários, para apurar o real ponto da situação. Segundo o presidente da câmara, o caso da Pousa é, em termos de instituições, o “mais difícil” no concelho, uma vez que evoluiu “de uma forma muito rápida”. De resto, acrescentou o autarca, está “tudo sereno”.

No concelho, há 650 utentes em lares, contando-se ainda 646 em centros de dia e 444 que têm apoio domiciliário.

Portugal regista esta segunda-feira 140 mortes com Covid-19, mais 21 do que na véspera (+17,6%), e 6.408 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 446 em relação a domingo (+7,5%). Dos infetados, 571 estão internados, 164 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 2 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 0h de 19 de março e até às 23h59 de 2 de abril.