As vendas de automóveis novos em França registaram uma queda histórica de 72,25% em março, para 62.668 unidades, face a igual mês do ano anterior, anunciou esta quarta-feira o Comité de Construtores Franceses de Automóveis (CCFA).

Essas matrículas efetuaram-se na quase totalidade até 17 de março, quando o confinamento obrigatório entrou em vigor no país, disse à agência Efe o porta-voz da CCFA, adiantando que a partir daquela data não houve “quase nada”, apenas “algumas centenas” de carros vendidos. O porta-voz realçou ainda que, no caso de se confirmar o cenário avançado pelo governo francês, que prevê uma saída do confinamento no final de abril, a queda nas vendas no fim deste ano poderá ser de cerca de 20%, num mercado com 1,7 a 1,8 milhões de automóveis.

A queda seria de 30% no primeiro semestre do ano, havendo uma recuperação no segundo semestre, que “não permitiria recuperar o terreno perdido”, salientou aquele responsável. Em março, todos os fabricantes e todas as marcas apresentaram quedas muito acentuadas.

A PSA registou no mês em análise uma queda de 73,43% (18.841 unidades), o grupo Renault uma diminuição de 71,60% (17.621), o grupo Volkswagen uma contração de 78,91% (5.954 ), a Toyota uma descida de 57,93% (3.699), a Hyundai um recuo de 55,1% (3.579) e a BMW uma contração de 61,83% (2.838).

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O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais de 828 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 41 mil. Dos casos de infeção, pelo menos 165 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com mais de 458 mil infetados e mais de 30 mil mortos, é aquele onde se regista atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 12.428 mortos em 105.792 mil casos confirmados até terça-feira.

A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 8.189, entre 94.417 casos de infeção confirmados, enquanto os Estados Unidos são o que tem maior número de infetados (189.633).

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, conta com 81.554 casos (mais de 76 mil recuperados) e regista 3.312 mortes.

Além de Itália, Espanha e China, os países mais afetados são Estados Unidos, com 4.081 mortes, França, com 3.523 mortes (52.128 casos), e o Irão, com 2.898 mortes (44.606 casos).