A batalha entre os construtores alemães de veículos de luxo faz-se em todas as frentes há muito, a começar pelos topos de gama, com todos eles a proporem ao mercado modelos com mais de cinco metros, requintados e bem equipados, com motores potentes a gasolina e a gasóleo.

Face à actual evolução rumo à mobilidade eléctrica, pela necessidade de cumprir os limites para as emissões de dióxido de carbono impostos por Bruxelas, a BMW e a Mercedes já anunciaram que os seus próximos topos de gama, respectivamente o Série 7 e o Classe S, terão versões 100% eléctricas, com motores alimentados por bateria, visando concorrer directamente com o Model S da Tesla, mas reforçando a qualidade de construção e o requinte.

Seria de esperar que a Audi seguisse o rumo dos seus rivais de estimação, mas o fabricante do Grupo Volkswagen decidiu de forma distinta. Em vez de alterar o A8 para produzir uma versão exclusivamente a bateria, a marca dos quatro anéis optou por avançar com um A8 híbrido plug-in, que conta com um motor eléctrico para ajudar o motor de combustão, para depois recorrer a uma pequena bateria para lhe assegurar a possibilidade de percorrer cerca de 50 km em modo exclusivamente eléctrico.

De recordar que a Audi, como as restantes marcas do Grupo Volkswagen, é das que mais tem investido em veículos eléctricos, não recorrendo a plataformas existentes e partilhadas com motores de combustão e concebendo chassis exclusivamente para modelos eléctricos, maximizando as vantagens para esta tecnologia. Também modificou fábricas para as especializar na produção de carros eléctricos, mais uma vez para ganhar eficiência, apesar de um maior investimento. Quer isto dizer que a Audi vai efectivamente propor um topo de gama 100% eléctrico, mas paralelamente ao A8 a combustão, sem o substituir.

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