Mais de 50 portugueses e 90 outros cidadãos europeus partem domingo da ilha indonésia de Bali num voo de repatriamento fruto de complexas negociações que envolveram a empresa dona do cruzeiro MSC Fantasia, que atracou em Lisboa.

Fontes conhecedoras da operação explicaram à Lusa que o voo de repatriamento, sem custos para os passageiros ou para o Estado português, levará a bordo “mais de 50 portugueses”, entre turistas e residentes na Indonésia e sete outros que viajaram de Timor-Leste.

Negociada ao longo das últimas semanas, a “oportunidade de viagem” surgiu na sequência da necessidade da MSC repatriar mais de 200 tripulantes indonésios do Fantasia, que atracou em Lisboa a 22 de março. “Foram negociações complicadas, mas que felizmente se concluíram com êxito”, disse a fonte ouvida pela Lusa.

Um avião fretado à Air Europa com os 200 tripulantes — que antes de saírem de Lisboa foram testados à covid-19 — fez a viagem direta e sem escalas entre Lisboa e Bali onde aterrou durante a tarde de hoje, hora local, no aeroporto Ngurah Rai.

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Os tripulantes do Fantasia saíram diretamente do cruzeiro para o aeroporto de Lisboa, onde embarcaram no voo para a Indonésia. Vai agora ser “aproveitado” para transportar os passageiros portugueses e cerca de 90 cidadãos de vários Estados europeus, a maioria espanhóis, que partem de Bali às 11:35 hora local de domingo, menos oito horas em Lisboa.

A bordo viajam turistas que estavam na Indonésia e com grandes dificuldades de voltar a Portugal, devido às restrições de voos e espaços aéreos em vários locais, bem como outros residentes com problemas de saúde e ainda um grupo de setecportugueses que saiu de Díli no domingo passado para Bali.

O voo de Bali chegou a estar previsto para o início desta semana, mas acabou por demorar mais do que o previsto devido às complexas negociações entre o Estado português e a MSC. O avião fará ainda paragem em Madrid, onde se prevê a troca da tripulação, antes de continuar para Lisboa onde é esperado cerca das 20:00, hora local, em Lisboa.

Os passageiros europeus terão que cumprir um período de quarentena de 14 dias e os restantes europeus terão que seguir num período máximo de 24 horas para os seus países.

Esta é a segunda operação organizada pelo Governo português para o sudeste asiático depois do voo que saiu hoje de Díli, fretado à euro-atlântico, com mais de 200 portugueses a bordo.