O ministro das Finanças da Alemanha, Olaf Scholz, anunciou esta segunda-feira que o Eurogrupo está a ponderar avançar com uma linha de crédito rápida destinada a Espanha que pode chegar a “uns 28 mil milhões de euros” para ajudar no combate à Covid-19.
Este instrumento recorrendo ao Mecanismo Europeu de Estabilidade não implica a presença de “comissários”, nem de “troikas” a estudar a situação “como há dez anos”, e ajudaria os Estados-membros mais necessitados a fazerem frente à pandemia do coronavírus, adiantou Scholz em conferência de imprensa.
O ministro das Finanças considerou que se trata de “montantes notáveis” para contribuir para a estabilização económica e mostrou-se “confiante” de que o Eurogrupo alcançará uma “decisão comum” esta terça-feira. Scholz pediu para serem deixados de lado “grandes debates” sobre os “corona-bonds”, pedidos por vários países da União Europeia, incluindo Portugal e Espanha, uma opção que já foi rejeitada pela Alemanha, Holanda e Finlândia.
Já esta segunda-feira Olaf Scholz tinha referido que os países que receberem ajuda financeira não terão de implementar pacotes de austeridade como aconteceu nos resgates na zona euro.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 70 mil. Dos casos de infeção, mais de 240 mil são considerados curados.
A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 13.055 mortos, entre 135.759 casos de infeção confirmados até esta segunda-feira, enquanto os Estados Unidos, com 9.648 mortos, são o que contabiliza mais infetados (337.646).