Aumentou para 23 o número de pessoas infetadas com Covid-19 na unidade de cuidados continuados de Torre de Moncorvo (UCCTM), o que está a deixar as entidades locais sem soluções para a manutenção daquela estrutura, disse esta segunda-feira a autarquia.

Nesta altura contabilizam-se 13 utentes infetados, aos quais acrescem mais 10 funcionários que deram positivo para o coronavírus, ou seja, mais nove que no sábado, altura em foi dado o alerta para a presença do coronavírus na UCCTM”, disse à Lusa Nuno Gonçalves, presidente da câmara municipal de Torre de Moncorvo.

Há ainda seis funcionários a aguardar os resultados dos testes de despiste ao novo coronavírus. “A situação agravou-se aqui na UCCTM, de tal forma que 70% dos funcionários que aqui prestam serviço testaram positivo”, indicou o autarca do distrito de Bragança. Segundo Nuno Gonçalves, não haverá funcionários suficientes para fazer face às necessidades do primeiro turno de trabalho de terça-feira.

Estes doentes foram colocados nesta UCC através do Serviço Nacional de Saúde (SNS). São doentes que a Misericórdia tem de receber e neste momento parecem votados ao abandono pelas autoridades de saúde”, vincou o autarca.

Nuno Gonçalves adiantou, ainda, que face à escassez de funcionários para assegurar os serviços da UCCTM, foi ordenado pela delegada da Unidade de Saúde Pública de Bragança “para que os funcionários que se encontravam em quarentena regressassem ao trabalho”.

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A UCC é gerida pela Santa Casa da Misericórdia de Torre de Moncorvo (SCMTC) e teve até ao momento de alerta para a presença do novo coronavírus 24 utentes ao seu cuidado. Segundo os responsáveis, as medidas de contingência já foram aplicadas há mais de 15 dias, estando a UCC em isolamento profilático.

As primeiras análises feitas na UCCTM aconteceram na quarta-feira, sendo que os primeiros resultados foram conhecidos no sábado, com 14 pessoas infetadas pelo novo coronavírus (13 utentes e uma funcionaria).

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 70 mil. Dos casos de infeção, mais de 240 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, segundo o balanço feito esta segunda-feira pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 311 mortes e 11.730 casos de infeções confirmadas. Dos infetados, 1.099 estão internados, 270 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 140 doentes que já recuperaram.