A Mercedes está a preparar uma entrada em força no segmento das berlinas eléctricas topo de gama. A sua arma, o EQS, promete já não estar limitada pela partilha de plataforma com motorizações a combustíveis fósseis, como acontece com o EQC, e se de início prometeu potências na ordem dos 470 cv, autonomia de 700 km e um preço de 90 mil euros, a marca alemã elevou agora a fasquia.

O Mercedes EQS, previsto para 2021, assume-se como o Classe S eléctrico, mas segundo o responsável pelo desenvolvimento dos veículos da Mercedes, Markus Schäfer, vai permitir ao construtor “alterar a forma como construímos os nossos carros”. De acordo com Schäfer, “o objectivo agora são os motores eléctricos, pelo que as limitações devidas à utilização de motores a combustão não se aplicam mais, o que nos permite optimizar o espaço a bordo, especialmente na traseira”. Refere-se o técnico alemão à possibilidade de agora desenhar frentes mais curtas, uma vez que não vai ser necessário alojar os grandes motores V8 e V12, dado as unidades eléctricas serem substancialmente mais compactas e fáceis de “arrumar” a bordo.

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Se a Mercedes está apostar forte no EQS, a realidade é que não pretende apenas produzir versões civilizadas e para o grande público. Por uma questão de imagem e de rentabilidade, o CEO da Mercedes, Ola Källenius, informou que a marca não está “apenas a desenvolver versões electrificadas dos AMG com motores de combustão, mas também versões AMG dos modelos 100% eléctricos”. E é aqui que entram as versões mais possantes do EQS.

De acordo com a Autocar, o Mercedes EQS AMG terá 600 cv, uma bateria com uma capacidade de 100 kWh, com a capacidade de recarregar a 350 kW. Isto coloca o mais desportivo dos EQS no rumo do Tesla Model S Performance e do Porsche Taycan Turbo S, também eles os mais rápidos das respectivas gamas.

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