Com fábricas paradas desde 23 de Março, nos Estados Unidos da América, a Honda tem até agora assegurado o salário completo aos seus funcionários, mas essa situação deverá mudar a partir do próximo domingo, de acordo com o portal Nikkei.

O construtor nipónico não planeia retomar a actividade fabril antes de 1 de Maio, o mesmo acontecendo com a Nissan, que suspendeu a produção sensivelmente na mesma altura da conterrânea (20 de Março) e também não tenciona voltar ao activo antes do final do mês. A situação crítica, no país que se tornou o epicentro da pandemia, deverá colocar um total superior a 20 mil trabalhadores em regime de layoff.

Só nos EUA, a Honda assegura cerca de 20 mil postos de trabalho, distribuídos pelas instalações que a marca possui no Alabama e em Ohio, entre outros estados. Mais de metade dos trabalhadores serão temporariamente dispensados, tendo por isso que recorrer a apoio governamental, a fim de terem algum rendimento durante a crise. Na mesma situação ficarão 10 mil funcionários da Nissan, no Mississippi e no Tennessee. Mas enquanto a Nissan assume que está a tomar medidas mais drásticas perante o agravamento da pandemia, a Honda recusou-se a comentar.

GM corta salários em 20%. Nos executivos ainda mais

As medidas mais “duras” da Nissan também chegarão a este lado do Atlântico. As fábricas da marca no Reino Unido (Sunderland) e em Espanha (Barcelona) avançarão, respectivamente, para a dispensa temporária de 6000 e cerca de 3000 trabalhadores.

Para fazer face à crise da Covid-19, outros construtores optaram por estratégias distintas. A General Motors (GM), por exemplo, mandou para casa 6500 empregados com uma redução de 25% do vencimento, enquanto os executivos de topo viram o salário reduzido em 30%, tendo aos funcionários administrativos sido aplicado um corte de 20%. No conjunto, mais de 69 mil trabalhadores, dentro e fora dos EUA, foram visados nesta estratégia da GM.

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