O endividamento das sociedades não financeiras (empresas) aumentou 0,7 pontos percentuais no final de 2019 relativamente ao mesmo período de 2018, representando 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com o Banco de Portugal (BdP).

Em comparação com 2018, observa-se um aumento das necessidades de financiamento das sociedades não financeiras de 0,7 pontos percentuais (pp)”, pode ler-se na nota de informação estatística hoje publicada pelo BdP.

Este número, que leva o défice das empresas para os 3,5% do PIB, é um agravamento face aos 3,4% divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) em 15 de março, e face aos 2,8% de 2018.

As contas nacionais financeiras esta quinta-feira divulgadas pelo banco central notam ainda uma melhoria na capacidade de financiamento (excedente) de toda a economia nacional, em 2019, face aos números do INE, já que apontam para um saldo positivo de 0,9% do PIB, e os números do INE apontavam para 0,8%.

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“Este resultado reflete as capacidades de financiamento das sociedades financeiras, dos particulares e das administrações públicas (respetivamente de 2,6, 1,6 e 0,2% do PIB), que, em conjunto, excederam as necessidades de financiamento das sociedades não financeiras (3,5% do PIB)”, pode ler-se na nota do Banco de Portugal conhecida hoje.

Para além do aumento do endividamento das empresas (sociedades não financeiras), observa-se “também uma diminuição da capacidade de financiamento dos particulares e das sociedades financeiras em 0,3 e 0,1 pp, respetivamente“.

O saldo das administrações públicas aumentou 0,6 pontos percentuais, de um défice de 0,4% em 2018 para um excedente de 0,2% do PIB em 2019, um “resultado que se regista pela primeira vez na série de contas nacionais financeiras (com início em 1995)”, e o primeiro saldo positivo nas contas públicas desde 1973.