Na Mercedes-Benz vivem-se dias de comemoração, tudo porque o primeiro veículo produzido pela Daimler-Motoren-Gesellschaft a envergar o nome Mercedes surgiu há 120 anos. A data tem peso, mas os contornos são algo curiosos.

Emil Jellinek era um diplomata austríaco com posses que habitava em Nice, França. Tinha o hábito de baptizar todo o que possuía, das suas mansões aos carros de competição, passando pelos animais, com o nome Mercedes, a alcunha com que habitualmente tratava a sua filha, Adriana Manuela Ramona Jellinek. O austríaco era um fã dos carros da Daimler e tinha por hábito usá-los na sua equipa de competição, tendo encomendado um modelo com 35 cv com características específicas, que o fabricante alemão baptizou Mercedes 35 cv, o primeiro veículo a exibir como denominação a alcunha de uma miúda de 10 anos, prática que manteve desde 2 de Abril de 1900. O sucesso do modelo foi que até Emil alterou o nome da família para Jellinek-Mercedes.

O Mercedes 35 cv era um modelo luxuoso de estrada, concebido por Wilhelm Maybach e Paul Daimler, que tinha como base um modelo de competição. Daí a boa distribuição de massas pelos dois eixos, com o motor de 4 cilindros e 6 litros a ocupar uma posição central/dianteira. O chassi em aço conferia-lhe a necessária robustez, não impedindo o modelo que anunciar um peso próximo das 1,2 toneladas.

Hoje, passados 120 anos, a Mercedes oferece aos seus clientes uma gama substancialmente mais variada, sendo que o seu modelo mais potente é Mercedes-AMG GT 63 S 4MATIC+, cujo motor 4.0 V8 biturbo a gasolina debita 639 cv. Face ao Mercedes 35 de há 120 anos, é um salto de 604 cv. Um bom presente de aniversário.

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