O presidente da Associação Nacional dos Autarcas Socialistas (ANAS) afirma que é importante que todos os autarcas tenham conhecimento dos dados sobre a Covid-19 e realça que nunca teve dificuldade no acesso à informação.

“O que é relevante é que os presidentes de câmara tenham conhecimento dos dados para poderem agir no concreto. Percebo que a comunicação de dados por várias entidades pode gerar alguma confusão e colocar em causa a sua fiabilidade”, afirmou à agência Lusa o presidente da Associação Nacional dos Autarcas Socialistas (ANAS), Rui Santos.

Esta posição surge após os Autarcas Social Democratas (ASD) terem repudiado aquilo que consideraram ser a “sonegação de informação” sobre a Covid-19 aos municípios por parte do Governo, exigindo a “imprescindível disponibilização” de informação diária e detalhada sobre a evolução da pandemia.

A ministra da Saúde, Marta Temido, negou qualquer “proibição de partilha de informação” a nível local ou regional, depois de a Câmara Municipal de Espinho ter denunciado na sexta-feira orientações dadas às autoridades regionais para não divulgarem informação estatística local.

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“Não há qualquer proibição de partilha de informação. Há, sim, um apelo claro a todas as entidades que integram o Ministério da Saúde, em especial as autoridades locais e regionais de saúde, se concentram no envio de informação atempada e consistente para o nível nacional. Boletins parcelares podem ser causadores de análises fragmentadas. Acresce, pela dimensão de alguns dados, a possibilidade de violação do segredo estatístico”, esclareceu a ministra.

O presidente da ANAS e da Câmara de Vila Real afirma que, enquanto autarca, nunca teve qualquer dificuldade em aceder aos dados.

“Concordo com a posição da ministra [Marta Temido] em que não deve haver dificuldade de aceder aos dados por parte dos autarcas. Isso é que é relevante”, sustentou.

Rui Santos sublinhou ainda que o “mais importante” é todos estarem focados no combate à pandemia.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 103 mil mortos e infetou mais de 1,7 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Dos casos de infeção, mais de 341 mil são considerados curados.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registam-se 504 mortos e 16.585 casos de infeção confirmados.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril.

CCC // PA

Lusa/Fim