A jornalista angolana, que acusou a escolta do governador da província do Namibe, Archer Mangueira, de a agredir decidiu retirar a queixa, que apresentou à Procuradoria-Geral da República, depois de um pedido de desculpas público do governo provincial.

O incidente, que envolveu a jornalista e diretora da Televisão Pública de Angola (TPA) Carla Miguel ocorreu na quinta-feira passada, quando a mesma se encontrava em serviço.

Em carta, a que agência Lusa teve esta segunda-feira acesso, a jornalista reitera ter ocorrido o incidente, depois de a escolta do governador provincial ter manifestado a sua insatisfação pelo facto de a equipa da TPA ter “ultrapassado o carro da escolta”.

Percebemos o repúdio do senhor Bruno Katié Fernandes, no entanto, este procedeu a seguir com agressões verbais e também físicas (já que pegou-me de forma agressiva pelos braços, invadindo a minha sensibilidade)”, disse.

A jornalista salienta que, por ter recebido um pedido formal de desculpas do gabinete do governador, após consulta ao conselho de administração da TPA em Luanda.

“Aceito o pedido de desculpa formal do governo provincial e manifesto por esta via que não pretendo entrar com nenhuma ação judicial contra o senhor Bruno Katié Fernandes, chefe da escolta do governador Archer Mangueira”, refere a carta dirigida à Procuradoria-Geral da República.

O governo da província considera na carta do pedido de desculpas, “reprovável” a postura por parte do chefe da escolta, que “não se coaduna com a forma de estar de sua excelência senhor governador provincial do Namibe, Archer Mangueira”, vindo por isso apresentar por aquela via o “profundo e sincero pedido de desculpas pelo sucedido”.

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