A pandemia de covid-19 provoca uma “perigosa epidemia de desinformação”, considerou esta terça-feira o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, num comunicado no qual não aponta qualquer país ou meio de comunicação em concreto.

António Guterres lamentou que, num momento que deveria pertencer “à ciência e à solidariedade”, se espalhem conselhos prejudiciais à saúde, que as “mentiras se espalhem no ar”, que as “teorias da conspiração poluam a internet” e que o “ódio se torne viral, estigmatizando pessoas e grupos”.

“O mundo deve unir-se também contra esta doença”, apelou o secretário-geral da ONU, defendendo que “a vacina é a confiança” e que é necessário confiar na ciência.

Guterres saudou ainda “os jornalistas e todos aqueles que verificam os factos na montanha de histórias enganadoras e publicações nas redes sociais”, acrescentando que as grandes empresas detentoras destas redes devem “fazer mais para eliminar o ódio e as afirmações nefastas relacionadas com a covid-19”.

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“Juntos rejeitaremos a mentira e a estupidez, para construir um mundo mais são, equitativo, justo e resiliente”, concluiu António Guterres no comunicado, que foi também difundido em vídeo.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 120 mil mortos e infetou mais de 1,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Dos casos de infeção, cerca de 402 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, segundo o balanço feito esta terça-feira pela Direção-Geral da Saúde, registam-se 567 mortos, mais 32 do que na segunda-feira (+6,%), e 17.448 casos de infeção confirmados, o que representa um aumento de 514 (+3%).