Os Comités Olímpicos Europeus (EOC) pediram à Comissão Europeia (CE) e ao Parlamento Europeu que o desporto seja abrangido pelos fundos destinados a fazer face à pandemia da covid-19, anunciou este sábado o Comité Olímpico de Portugal (COP).

O organismo português é um dos 31 signatários do documento que, explica, pretende “garantir que o desporto é elegível para fundos de proteção de empregos, funcionários e trabalhadores independentes contra o risco de desemprego e perda de rendimentos”.

No pedido enviado à tutela europeia, os EOC defendem também a “disponibilização de empréstimos que garantam a liquidez de clubes desportivos e outras organizações através dos instrumentos financeiros existentes ou recentemente criados na União Europeia” e a criação de “fundos de financiamento públicos e solidários para clubes e associações desportivas de base, e para os seus funcionários, incluindo trabalhadores independentes”.

Os filiados europeus do Comité Olímpico Internacional defendem também a criação de “novas oportunidades de financiamento como formas inovadoras de promover o desporto e a atividade física nos tempos em que as pessoas estão confinadas às suas casas e a ajuda a escolas e professores para que o ensino da educação física continue através dos meios digitais que são eficazes e seguros”.

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Os comités olímpicos da Europa estimam que a pandemia da covid-19, que já causou mais de 150 mil mortos, tenha um impacto no mercado laboral europeu do setor de “5,67 milhões de trabalhadores e que ascende aos 279 biliões de euros movimentados por ano, traduzem-se na sua importância para a economia de cada um dos países europeus”.

No documento, os EOC lembram que, “além dos agentes desportivos diretos — em que se incluem atletas, treinadores, juízes e árbitros, oficiais, voluntários, entre outros –, o desporto é também um dos setores que mais interage com outros fornecedores, gerando, portanto, interessantes receitas em diversas áreas”.

No pedido enviado às instituições europeias aludem ao facto de a pandemia da covid-19 ter afetado “o setor desportivo com competições canceladas ou adiadas, ginásios e espaços de treino encerrados e restrições de mobilidade que inibem ou eliminam a possibilidade da prática desportiva”.

“Isto traduz-se em perdas de emprego, dificuldades financeiras e constrangimentos que podem levar à quebra do movimento desportivo composto tanto pelos pequenos clubes e associações desportivas como pelos agentes no topo da pirâmide de rendimento desportivo”, referem os comités.