Mais de 180 migrantes resgatados na semana passada no Mediterrâneo estão em quarentena num ferry ao largo de Itália, onde ficarão durante duas semanas, num esforço de contenção do surto de coronavírus no país.

As autoridades italianas colocaram este domingo a bordo do ferry italiano Rubattino, onde já se encontravam desde sexta-feira 147 migrantes resgatados pelo barco Alan Kurdi, da ONG alemã Sea Eye, outros 34 migrantes, que foram socorridos na passada segunda-feira pelo barco Aita Mari, da ONG espanhola Salvamento Marítimo.

Segundo avançaram fontes da organização humanitária espanhola à agência EFE, os 181 migrantes estão a salvo na embarcação italiana, onde deverão ficar confinados durante duas semanas.

O Rubattino ficará ancorado a uma milha (1,6 quilómetros) do porto de Palermo, no sul da ilha Sicília, com pessoal da Cruz Vermelha a bordo. Devido à situação pandémica que atingiu fortemente a Itália, segundo país do mundo com mais mortes provocadas pela covid-19, o Governo italiano, à semelhança do executivo de Malta, decretou que o desembarque de migrantes não é seguro.

O ministério de Infraestruturas e Transportes italiano, que tutela a gestão portuária no país, destacou, em comunicado, que “a ação de natureza humanitária não se pode produzir com o desembarque em portos italianos, devido à forte pressão organizativa e sanitária nesta fase de emergência da covid-19”.

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