Um piloto aterrou uma avioneta numa auto-estrada movimentada no Canadá. A felicidade de quem ia aos comandos do Piper Cherokee juntou-se à surpresa nos automobilistas que viram aquele objecto de tamanho generoso vir literalmente do céu e aterrar no meio dos outros veículos de quatro rodas, sem tocar em nenhum e conseguindo evitar as diversas ratoeiras que tinha pela frente, de postes de iluminação às estruturas superiores que suportam a sinalética.

À semelhança de todos os outros meios de transporte, também os aviões avariam. E sempre que isso acontece, é certo que mais cedo ou mais tarde têm de descer. Sucede que nem sempre há um aeroporto ou aeródromo “à mão”, o que leva os pilotos a terem que aterrar onde for possível, com um mínimo de danos para eles e para os outros.

As duas pessoas que viajavam no Piper saíram ilesas, tal como os automobilistas entre os quais o aparelho se fez “à pista”. O piloto teve a habilidade de fazer coincidir uma abertura no trânsito com um espaço em que se conseguisse aproximar do asfalto, sem que os inúmeros obstáculos fizessem perigar a aterragem de emergência. Apenas de estranhar a reduzida distância que os dois veículos à frente dos quais o avião pousou deixaram para o aparelho. Bem como o facto de nenhum deles ter pensado em reduzir progressivamente a velocidade, assinalando-o com os quatro piscas, de modo a que conseguissem proteger a avioneta e evitar que algum outro veículo, mais distraído, embatesse na asa, por exemplo, que ainda invadia mais de uma faixa de rodagem, apesar do piloto se ter esforçado por parquear o avião na berma.

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