O ministro do Ambiente disse esta segunda-feira que a prevenção estrutural contra incêndios é um “serviço essencial” de proteção do território, que em Portugal “não vai parar, nem pode parar”, apesar da pandemia de Covid-19.

Esta consideração do ministro do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, consta de uma mensagem-vídeo de agradecimento aos profissionais do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e a todos os que trabalham nas áreas rurais e florestais, e na qual apela também aos proprietários de terrenos rurais para que “não se deixe de cumprir todas as obrigações” com vista à “redução dos riscos de incêndio” no próximo verão.

Na mensagem, partilhada em https://twitter.com/ambiente_pt, o ministro aponta como serviços essenciais, sob a tutela do seu ministério, o abastecimento de água, transportes, eletricidade e um outro serviço “muitas vezes esquecido”: a prevenção estrutural contra incêndios. “Esse é mesmo um serviço essencial”, acrescentou.

Segundo Matos Fernandes, apesar do período conturbado motivado pela pandemia, a prevenção estrutural contra incêndios “não pode ser interrompido”, pelo que apela a todos os proprietários rurais que procedam ao corte do mato nas suas propriedades, lembrando, em alternativa, que há empresas que podem ser contratadas para prestar esse serviço.

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Portugal não pode parar, Portugal não vai parar” declarou o ministro na mensagem, sublinhando que desse trabalho resulta “não só um território mais rico”, mas também “uma redução significativa” do risco de incêndios no verão.

O ministro garantiu que outros serviços, como a gestão integrada de fogos rurais e a gestão de proximidade dos diferentes territórios nas áreas de floresta, da conservação da natureza e da biodiversidade, também não pararam, nem podem parar.

Neste âmbito, Matos Fernandes deixou um agradecimento especial a todos os profissionais do ICNF que estão no terreno, “incansavelmente, a abrir faixas de interrupção, a executar o restauro dos ecossistemas que são fundamentais para que, na época de verão, o risco de incêndio seja inferior”.

“É a estes profissionais que me dirijo. Àqueles que todos os dias deixam a proteção das suas casas. Presto o meu reconhecimento e um agradecimento pelo trabalho que desenvolvem, em favor da comunidade e da conservação dos seus recursos“, disse.

O ministro estendeu o seu agradecimento aos proprietários, reiterando que devem continuar a fazer o corte do mato nos seus terrenos rurais, bem como às empresas que estão também a cumprir estas tarefas florestais.

Por fim, apelou a que todos cumpram as regras de segurança e de higiene para que possam continuar a trabalhar, protegidos da pandemia.

“É do trabalho e empenho de todos que resulta um território mais rico e com maior biodiversidade, mas também uma redução significativa do risco de incêndios”, concluiu.