A população do Sri Lanka assinalou esta terça-feira o primeiro aniversário dos atentados bombistas suicidas perpetrados no domingo de Páscoa do ano passado a partir de casa devido à pandemia da Covid-19.

Mais de 260 pessoas morreram em três igrejas, duas católicas e uma protestante, quando bombistas suicidas próximos do grupo extremista Estado Islâmico se fizeram explodir durante as celebrações da Páscoa, em 21 de abril de 2019. Três hotéis foram também alvo do ataque, no qual morreram 42 estrangeiros.

As cerimónias públicas organizadas para assinalar a data foram canceladas, devido ao aumento do número de doentes com a Covid-19. Em substituição, os sinos das igrejas soaram e dois minutos de silêncio foram observados às 8h45 (4h15 em Lisboa), hora em que os ataques foram perpetrados.

Investigadores concluíram que dois grupos muçulmanos, seguidores do Estado Islâmico, foram responsáveis pelos ataques. O governo do então Presidente Maithripala Sirisena foi acusado de ignorar informações específicas recebidas antes dos atentados.

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Estamos gratos às nações amigas que generosamente partilharam informações secretas antes do ataque e que os nossos líderes políticos infelizmente não levaram a sério”, disse o arcebispo de Colombo, cardeal Malcolm Ranjith. “Prestamos homenagem a todos aqueles que morreram, àqueles que ficaram gravemente feridos e a todos que perderam familiares, e famílias que foram destruídas”, afirmou.

O chefe da polícia e um responsável do Ministério da Defesa de então estão a responder num processo por alegada negligência.

Mais de 100 suspeitos de ligações aos cérebros dos ataques foram detidos pela polícia. No início deste mês, a polícia cingalesa deteve o irmão de um antigo ministro e um advogado presumivelmente ligados aos bombistas suicidas.