O Centro Hospitalar de São João, no Porto, já começou a realizar testes moleculares rápidos para diagnosticar, em menos de uma hora, casos de infeção do novo coronavírus. Em comunicado, o hospital refere que estes testes de biologia molecular “possuem um tempo de execução significativamente mais rápido (cerca de 50 minutos, a acrescer ao tempo de colheita, transporte, processamento da amostra e validação do resultado) que o teste clássico” e que estão a ser feitos num grupo prioritário de doentes.

A colheita da amostra com zaragatoa, explica o centro hospitalar, é realizada “nos mesmos moldes que para o teste clássico” e, tendo em conta que a disponibilidade deste tipo de testes moleculares rápidos é limitada, o Hospital de São João definiu, nesta primeira fase, um grupo de doentes prioritários. É o caso dos doentes do Serviço de Urgência que necessitem de procedimento urgente e em que seja “clinicamente aceitável aguardar o tempo expectável de realização do teste”. Neste grupo estão incluídas as cirurgias com anestesia geral ou loco-regional, a endoscopia digestiva, broncofibroscopia ou trabalhos de parto.

O teste é também realizado nos doentes do Serviço de Urgência “com suspeita de infeção por SARS-CoV-2 e critérios de internamento”, bem como nos doentes internados em que surja a suspeita de infeção e que justifique a realização do teste “de forma a minimizar o tempo de isolamento de contacto e de gotícula, em ambiente onde se encontram doentes sem infeção por SARS-CoV-2”.

Na passada sexta-feira, o secretário de Estado da Saúde tinha anunciado durante o briefing diário que os hospitais iriam receber cinco mil testes rápidos para aplicar em situações específicas. António Sales explicou que estes testes “permitem resultados em cerca de 45 minutos ou uma hora, e serão usados preferencialmente em ambiente hospitalar”. “Em situações de urgência, pré-cirurgia ou tratamentos no âmbito da oncologia”, esclareceu.

Hospitais terão 5 mil testes rápidos que permitem resultados em 45 minutos ou uma hora

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