O Papa dedicou esta quarta-feira as suas orações à Europa, na véspera do Conselho Europeu, para que a região consiga manter a irmandade com que os pais fundadores da União Europeia (UE) sonharam.

“Neste tempo em que é necessária tanta unidade entre nós, entre as nações, oremos hoje pela Europa, para que possa ter essa unidade, essa unidade fraterna com a qual os fundadores da União Europeia sonharam”, disse Francisco durante uma missa realizada na Casa de Santa Marta.

O Papa já se havia referido à necessidade de unidade e solidariedade na Europa durante a sua mensagem de Páscoa, quando afirmou que “a UE está a enfrentar um desafio histórico, do qual dependerá, não apenas o seu futuro, mas o de todo o mundo”.

“Não percam a oportunidade de demonstrar, mais uma vez, solidariedade, mesmo recorrendo a soluções inovadoras”, pediu.

Francisco advertiu que é “a única alternativa ao egoísmo dos interesses privados e à tentação de retornar ao passado, correndo o risco de pôr à prova a coexistência pacífica e o desenvolvimento das próximas gerações”.

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Na sua homilia, Francisco, comentando o Evangelho desta quinta-feira, falou na luz de Deus e afirmou que “muitas pessoas não podem viver na luz, são morcegos humanos que vivem à noite”. “E nós também, quando vivemos em pecado, preferimos viver nas trevas e andar como cegos”, complementou.

E continuou: “E tantos escândalos humanos, tantas corrupções apontam isso para nós. Os corruptos não sabem o que é a luz, eles não sabem”.

Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia reúnem-se na quinta-feira por videoconferência em Conselho Europeu para discutir a resposta da UE à crise económica e social provocada pela pandemia ligada ao novo coronavírus.

Segundo um balanço da AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 176 mil mortos e infetou mais de 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

A Europa é a região do mundo com mais casos (1,2 milhões) e mais mortes associadas à Covid-19 (109 mil).