Os preços do petróleo norte-americano subiram esta quarta-feira mais de 18% nas primeiras transações nos mercados asiáticos, depois da queda histórica, a valores negativos, na segunda-feira.

O preço do barril West Texas Intermediate (WTI), de referência nos Estados Unidos, para entrega em junho subiu 18,93% para 13,76 dólares (12,7 euros), depois das pesadas perdas registadas na segunda-feira em Nova Iorque, devido à descida da procura causada pelos efeitos económicos da pandemia da Covid-19.

Em Nova Iorque, o preço do barril WTI para entrega em maio, cuja negociação expirou na terça-feira, tinha caído na segunda-feira abaixo de zero pela primeira vez na história.

Durante a sessão de terça-feira em Wall Street, a cotação conheceu vários altos e baixos, até terminar em 10,01 dólares por barril.

O barril WTI para entrega em junho, que vai ser o mês de referência para os contratos a partir desta quarta-feira, caiu 43%, para acabar em 11,57 dólares, algo inédito desde a criação deste contrato em 1983. Durante a sessão, contudo, chegou a cotar-se a 6,50 dólares.

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Em Londres, o barril de Brent para entrega em junho caiu 24,4%, para os 19,33 dólares, a maior queda desde o início da Guerra do Golfo, em 1991.

Desde há semanas que o mercado do petróleo está confrontado com medidas de restrição de movimentos, aplicadas um pouco por todo o mundo, para tentar impedir a propagação do novo coronavírus, responsável pela Covid-19.

Com os transportes fortemente limitados e numerosas fábricas paradas, a procura de energia caiu.

Uma vez que as extrações de petróleo não baixaram na mesma proporção, as capacidades de armazenagem estão agora próximas da saturação.