Os agentes do setor turístico têm apelado à Confederação do Turismo de Portugal (CTP) para que seja o Turismo de Portugal a gerir as linhas de crédito para o setor, adiantou o presidente do organismo empresarial, Francisco Calheiros.

Durante o Smart Portugal Webinar, organizado pela Nova Cidade — Urban Analytics Lab, o laboratório de inteligência urbana da Nova Information Management School, o responsável elogiou a forma como o Turismo de Portugal está a gerir a linha de 60 milhões de euros que tem apoiar o turismo devido à pandemia de Covid-19.

Calheiros recordou as linhas específicas de 1,7 mil milhões de euros para o turismo, alertando para o facto de que são precisos “17 documentos” para uma pequena empresa pedir este apoio.

Já a linha do Turismo de Portugal é “muito acessível e os nossos associados pedem que passem todas as linhas” para este organismo, referiu, adiantando que os pedidos, neste caso, são rapidamente analisados e aprovados e que muitas empresas até já acederam ao dinheiro.

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Para Francisco Calheiros, a grande oportunidade para o setor é, neste momento, o mercado interno, sendo que o presidente da CTP está otimista, sobretudo para 2022, que será um ano “extraordinário”, acredita.

Mas para isso, sublinhou o responsável, é preciso “manter a oferta” e abrir quando possível hotéis, agências, rent-a-car e outros negócios do setor, bem como retomar o processo do aeroporto do Montijo.

No mesmo webinar, Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, falou também no mercado interno, uma aposta que será transversal à maioria dos países afetados, referiu.

O responsável acredita que a estratégia nacional deve passar depois por atrair espanhóis, ingleses, franceses e alemães, reconhecendo que para países mais distantes pode demorar mais tempo.

“É preciso mantermo-nos na cabeça dos nossos consumidores, Portugal está a marcar pontos”, adiantou Luís Araújo, sublinhando que o facto de o país estar “a conseguir controlar a pandemia ajuda muito” a recuperar a confiança dos consumidores.

Para Luís Araújo, o recurso à tecnologia é fundamental para enfrentar a fase de retoma, sendo possível “eliminar uma série de questões e procedimentos que são entraves à nossa atividade e fazer com que as pessoas se concentrem no que são boas, que é atender os turistas”, indicou.