O diretor nacional da PSP manifestou-se esta quinta-feira confiante de que “vai correr tudo bem” nas celebrações do dia do Trabalhador, nomeadamente no cumprimento das indicações das autoridades de saúde quanto ao distanciamento social devido à pandemia de Covid-19.

“A articulação [com as centrais sindicais] já começou e não tenho dúvidas de que vai correr tudo bem e de que irão cumprir todas as indicações das autoridades de saúde”, afirmou Magina da Silva, em declarações aos jornalistas, no Porto, onde acompanhou uma ação de fiscalização a condutores no âmbito das restrições de circulação durante o estado de emergência no país.

O diretor da PSP explicou que aquela força de segurança já teve uma “reunião em Lisboa” para preparar as celebrações do 1 de maio e que se vão realizar outras pelo país fora, nos locais onde está previsto que ocorram as comemorações.

“A PSP tem um longo historial de bom entendimento com as centrais sindicais e não me parece que vá haver qualquer problema na articulação”, observou.

De acordo com Magina da Silva, “os eventos de 1 de maio terão de seguir as indicações da Direção-Geral da Saúde relativamente ao distanciamento social”.

Não me compete a mim definir essas regras, mas garantir que vão ser compridas em articulação com as centrais sindicais e penso que não vai haver problema nenhum”, explica.

A secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, vai fazer a intervenção do 1.º de Maio na alameda Afonso Henriques, em Lisboa, como é habitual, mas sem a participação de milhares de trabalhadores e com o distanciamento de segurança.

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A líder da CGTP reconheceu que as ações de massa estão afastadas neste 1.º de Maio devido à necessidade de afastamento social para travar a propagação da Covid-19, mas considerou que a atual situação laboral exige que as violações sejam denunciadas na rua.

Em entrevista à agência Lusa, a sindicalista disse ainda que estará presente nas comemorações do 25 de Abril, no sábado, na Assembleia da República.

Portugal regista hoje 820 mortos associados à Covid-19, mais 35 do que na quarta-feira, e 22.353 infetados (mais 371), indica o boletim epidemiológico divulgado esta quinta-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Comparando com os dados de quarta-feira, em que se registavam 785 mortos, esta quinta-feira constatou-se um aumento percentual de 4,5%.