Há muito que se sabe que há cada vez mais clientes fãs dos SUV, veículos mais altos e volumosos, com aspecto de quem se acha mais à vontade em estradas enlameadas ou com neve e gelo do que uma vulgar berlina. Daí que fosse estranho que o Golf continuasse a ser o modelo mais vendido da Volkswagen, especialmente agora que o fabricante alemão tem SUV em todos os segmentos do mercado, existindo mesmo alguns em que oferece dois.

O Golf sempre foi o “eterno” líder da marca germânica, em termos de vendas, mas em 2019 a sua viagem triunfal chegou ao fim. Introduzido em 2007, o Tiguan que recorre à plataforma do Golf, bem como às suspensões, mecânicas, equipamento e tudo o resto, excepto a tal carroçaria mais alta e com uma maior altura ao solo, ultrapassou a fasquia dos 6 milhões de unidades produzidas e, pela primeira vez, vendeu mais veículos do que o seu famoso parente. Assumindo-se igualmente como o SUV mais vendido no mercado europeu.

É um facto que 2019 foi o ano do run out do Golf, com a antiga geração, a 7ª, a ter mais dificuldade em atrair clientes, numa fase em que já se sabia que a 8ª vinha a caminho. Mas nada disto retira brilho à performance do Tiguan, reforçado pela versão 11 cm mais comprida, o Tiguan XL. Basta recordar que em 2007, quando foi introduzido no mercado, foram fabricados 120.000 SUV, para em 2011 ultrapassar a fasquia das 500.000 unidades anuais e, o ano passado, as 910.926, valor que lhe concede o estatuto de modelo mais vendido da Volkswagen.

Para se ter uma ideia do volume de produção do SUV germânico e do consequente número de vendas, é bom ter presente que em 2019 saíram 2495 unidades por dia das fábricas localizadas na Rússia, China, México e Alemanha. Um valor que aponta para um ritmo de 35 segundos entre cada dois Tiguan que saem das fábricas.

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