O Irão anunciou esta segunda-feira um aumento significativo, para quase uma centena, nas mortes diárias devido à Covid-19, enquanto o número oficial de novas infeções caiu abaixo de mil casos em 24 horas pela primeira vez no último mês.

Entre o meio-dia de domingo e o meio-dia desta segunda-feira, foram registadas mais 96 mortes com Covid-19, elevando o número de mortes causadas pela pandemia para 5.806, segundo o Ministério da Saúde.

No domingo, o governo tinha reportado uma queda no número de mortes para 60, o mais baixo em termos diários, desde 10 de março.

Quanto a novos casos de contaminação, o Irão registou 991 entre domingo e esta segunda-feira, sendo o total de casos confirmados no país de 91.472.

A este número de mortes com Covid-19, junta-se ainda 700 de pessoas que morreram por consumo de álcool adulterado, entre 20 de março e 19 de abril, acreditando que essa poderia ser uma cura contra a doença.

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Desde 11 de abril, o governo iraniano autorizou uma reabertura gradual dos negócios e suspendeu as restrições de movimentação dentro do país que tinham sido impostas para combater a propagação do vírus.

Escolas, universidades, mesquitas, santuários xiitas, cinemas, estádios e outros locais de encontro permanecem fechados em todo o Irão, que vive desde sábado o período de Ramadão.

Desde domingo, as autoridades estão a aumentar a reabertura de mesquitas em áreas pouco afetadas, embora sem clarificar os critérios.

“Estamos a analisar a situação a cada quatro dias”, para restabelecer as restrições de saúde, se necessário, disse Iraj Harirchi, vice-ministro da Saúde, na noite de domingo.

“Reabertura não significa normalização”, explicou o governante, durante um programa numa televisão estatal.

O Irão, que anunciou os seus primeiros casos de contaminação em fevereiro, é o país mais afetado pela pandemia do novo coronavírus no Médio Oriente.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 206 mil mortos e infetou quase três milhões de pessoas em 193 países e territórios.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.