Sete pescadores retidos no domingo em Matosinhos por suspeitas de estarem contaminados pelo novo coronavírus acusaram negativo nos testes entretanto realizados e já voltaram à faina, disseram esta segunda-feira fontes do setor e do Serviço Nacional de Saúde.

Covid-19. Sete pescadores de Matosinhos retidos no barco por suspeita de contaminação

“Deram todos negativos”, indicou fonte hospitalar.”Como estava tudo bem, voltaram logo à faina”, afirmou à agência Lusa o presidente da Associação Pró Maior Segurança dos Homens do Mar, José Festas.

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A Polícia Marítima, atuando a solicitação do coordenador da Unidade de Saúde Pública de Matosinhos, notificou o mestre da embarcação cerca da 1h de domingo, de que a tripulação não poderia voltar à atividade sem efetuar testes para a Covid-19, por suspeitas de que estaria contaminada.

A intervenção da Polícia Marítima de Leixões tornou-se imperiosa e urgente. Os pescadores tinham acabado de chegar do mar e era fundamental atuar rapidamente antes que fossem para os seus domicílios”, sublinhou o comandante Cruz Martins, da Capitania dos Portos do Douro e Leixões.

Durante a ação, “por solicitação do delegado de Saúde, e no sentido de esclarecer o histórico de embarque e desembarque dos vários tripulantes a bordo, a Polícia Marítima ouviu o mestre, em auto de declarações. O delegado de Saúde, mediante as declarações do mestre, decidiu que todos os tripulantes fossem sujeitos ao teste de despiste da Covid-19, tendo sido encaminhados para o Hospital Pedro Hispano”, em Matosinhos, segundo uma nota de imprensa da Autoridade Marítima Nacional.

De acordo com a mesma nota, a “Polícia Marítima de Leixões acompanhou todo o processo de desembarque dos tripulantes, tendo esta ação decorrido de forma ordeira, sem incidentes”.

Matosinhos ultrapassou a barreira dos mil infetados pelo novo coronavírus (1.017 casos), segundo informação de domingo da Direção-Geral da Saúde (DGS). Em todos o país, indica a mesma informação, há 23.864 casos confirmados de infeção e 903 mortos.

Portugal cumpre o terceiro período de 15 dias de estado de emergência, iniciado em 19 de março, e o Governo anunciou a proibição de deslocações entre concelhos no fim de semana prolongado de 1 a 3 de maio.