As mulheres residentes em Portugal deram à luz 86.579 crianças no ano passado, menos 0,5% (441 bebés) em relação ao ano anterior, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) esta segunda-feira divulgados.

“Do total de nados-vivos, 56,8% nasceram fora do casamento, isto é, eram filhos de pais não casados entre si”, precisou o INE no Destaque sobre as Estatísticas Vitais 2019.

O total de óbitos de pessoas residentes em território nacional foi 111.793, “representando uma descida de 1,1% (-1.258 óbitos) comparativamente a 2018”, segundo a mesma fonte. Em 2019, morreram 55.824 homens e 55.969 mulheres, sendo que 85,6% dos óbitos ocorreram a partir dos 65 anos de idade.

“Portugal registou, assim, pelo décimo primeiro ano consecutivo, um saldo natural negativo (-25.214)”, lê-se no documento.

Em crianças com menos de um ano, verificaram-se 246 óbitos (menos 41 do que os registados em 2018), o que representa uma descida da taxa de mortalidade infantil de 3,3 para 2,8 óbitos por mil nados-vivos.

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“À semelhança de anos anteriores, foi no mês de setembro que se registou o maior número de nascimentos”, acrescenta-se no documento que acompanha as estatísticas.

No total do ano passado, nasceram 44.539 rapazes e 42.040 raparigas, ou seja, por cada cem crianças do sexo feminino nasceram cerca de 106 do sexo masculino: “Apenas o Alentejo e a Região Autónoma da Madeira apresentavam uma relação de masculinidade superior à verificada em Portugal (respetivamente 111 e 110)”.

“Em 2019, a proporção de nados-vivos nascidos fora do casamento (filhos de pais não casados entre si) aumentou para 56,8%”, contra 55,9% em 2018 e 41,3% em 2010, representando, pelo quinto ano consecutivo, “mais de metade do total de nascimentos em Portugal”, de acordo com a informação disponível.

Tal como os indicadores anteriores, também o número de casamentos baixou, tendo-se celebrado 33.272 uniões, menos 3,9% do que no ano anterior (menos 1.365 casamentos). “Em mais de metade dos casamentos realizados no país (61,1%), os nubentes possuíam residência anterior comum”, apurou o INE nos dados recolhidos para este trabalho.

Ocorreram ainda “45.720 dissoluções de casamento” por morte de um dos cônjuges, de que resultaram 13.281 viúvos e 32.439 viúvas.