Os preços do petróleo (sobretudo o crude de referência nos Estados Unidos, o West Texas Intermediate) estão outra vez a cair na bolsa de Nova Iorque. Na tarde de segunda-feira (hora de Lisboa), os futuros do WTI para entrega em junho estavam numa queda livre de 27%, a pouco mais de 12 dólares por barril. Já o crude de referência para Portugal, o Brent, estava a cair 9%, para pouco acima dos 19 dólares.

Desde a semana passada que os investidores estão com o dedo no botão do pânico. Porquê? Porque a falta de procura (motivado pela quebra de consumo devido à pandemia de Covid-19) tem feito com que a produção se acumule e a capacidade de armazenamento de petróleo esteja cada vez menor nos Estados Unidos e um pouco por todo o mundo. Os produtores continuam a extrair petróleo apesar de a procura ser cada vez menor e a capacidade de armazenamento tornou-se, neste momento, mais valiosa do que o produto em si.

O gráfico do New York Times mostra a subida dos preços do petróleo nos Estados Unidos e o movimento de queda que se vive esta segunda-feira.

Na sexta-feira deverão começar a ser aplicados cortes na produção de petróleo, na sequência do acordo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), em conjunto com a Rússia e outros produtores, para reduzir a produção em 9,7 milhões de barris por dia, quase 10 por cento da produção mundial.

Na passada segunda-feira, numa sessão com contornos inéditos na história dos mercados do petróleo, os futuros do WTI para entrega em maio fecharam em -37,63 dólares/barril. Esta segunda-feira, e apesar de muito negativa, a situação está longe dessa marca historicamente baixa.

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