Os revendedores de combustíveis traçam um cenário preocupante para o setor, numa altura em que a procura de gasolina e gasóleo caem a pique. “Temos assistido a quebras quase diárias [de atividade], que os nossos associados têm relatado, na ordem dos 70%, que deixa muitos casos em situações um bocado insustentáveis”, diz Francisco Albuquerque, presidente da ANAREC, a associação que representa os revendedores de combustíveis.

Em declarações à rádio Observador, na rubrica “Reposta Pronta”, Francisco Albuquerque admite que “muitas empresas, arrastando-se a situação no tempo, possam mesmo ter de encerrar a sua atividade”, porque os “revendedores são o elo mais fraco” no negócio dos combustíveis. “As nossas margens não aumentaram, as quebras nas vendas são muito acentuadas, os custos fixos têm-se mantido”, lamenta Francisco Albuquerque.

Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis: “Temos quebras na ordem dos 70%”

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A ANAREC fez, por isso, “um apelo às empresas petrolíferas para que haja melhor distribuição das margens de comercialização pela cadeia de valor, para que muitas empresas que enfrentam muitas fragilidades possam sobreviver a este período”.

Em relação aos preços dos combustíveis e à descida nas bombas de abastecimento, o presidente da ANAREC considera que será “normal que estas descidas do preço do petróleo nos mercados internacionais, fruto da dinâmica própria dos mercados, tenham como consequência a descida dos preços nos postos de abastecimento”, embora não adiante nenhuma previsão.

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