Foi finalmente anunciado que no próximo 6 de maio vai estrear na Netflix um documentário biográfico sobre Michelle Obama, a ex-primeira-dama que muitos continuam a apontar como eventual candidata ao lugar que em tempos foi do marido, Barack Obama. O projeto foi mantido em total secretismo até esta semana, altura em que a própria Michelle deu a notícia via comunicado.

O projeto tem a assinatura da produtora Higher Ground, que é gerida pelo casal Obama e que também assinou o polémico “American Factory” (que venceu o Oscar de melhor documentário ), e vai chamar-se “Becoming”, mesmo título do livro que Michelle publicou em 2018. Irá narrar um pouco da sua história de vida mas também trará uma nova perspetiva sobre os tempos pós-Casa Branca, já que retrata, por exemplo, aquilo que se passou “na estrada”, enquanto Michelle fazia uma tournée literária que passou por 34 cidades. O documentário marca também a estreia como realizadora da diretora de fotografia Nadia Hallgren.

“Aqueles meses que passei a viajar — conhecendo e conectando-me com pessoas de várias partes do mundo — fez-me perceber que o que todos compartilhamos é profundo, real e não pode ser alterado”, disse a ex-primeira dama em comunicado citado pela Hollywood Reporter. “Em grupos grandes e pequenos, jovens e velhos, únicos e unidos, reunimo-nos e partilhamos histórias, preenchendo esses espaços com as nossas alegrias, preocupações e sonhos. Processamos o passado e imaginamos um futuro melhor. Ao falar sobre a ideia de nos tornarmos em alguma coisa, muitos de nós ousamos falar das nossas esperanças em voz alta “, acrescenta.

Sobre a atual situação pandémica, Michelle Obama mencionou apenas que “nestes dias é difícil sentirmo-nos com esperança” mas espera que este trabalho ajude a dar alguma alegria a quem o quiser ver. “Como muitos de vocês sabem eu sou uma pessoa que gosta de abraços. Durante toda a minha vida isso sempre pareceu a forma mais apaziguadora e natural que um ser humano pode ter para com outro — a forma mais fácil de dizermos a alguém ‘Estou aqui para ti’.  Não ter isto é das coisas mais difíceis da nossa nova realidade.”

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