A cidade de Lisboa registou, pela primeira vez desde 2016, um crescimento homólogo do preço médio da habitação inferior ao nacional no quarto trimestre de 2019, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo os dados do INE, a capital teve desde o primeiro trimestre de 2016 “um crescimento homólogo (7,9%) inferior ao nacional, que se situou nos 8,5%”.

A Área Metropolitana de Lisboa (AML) e a região do Algarve continuam a ser, segundo o INE, as duas sub-regiões com preços mais elevados do país.

“No quarto trimestre de 2019 (últimos 12 meses), 45 municípios localizados maioritariamente no Algarve (1.655 euros/m2) e na Área Metropolitana de Lisboa (1 .460 euros/m2) – as duas sub-regiões com preços mais elevados do país – apresentaram um preço mediano da habitação superior ao valor nacional (1.081 euros/m2)”, refere o INE.

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Com um valor de 3.247 euros/m2, Lisboa registou o preço mediano mais elevado do país, destacando-se com valores superiores a 1.500 euros/m2 os municípios de Cascais (2.596 euros/m2), Oeiras (2.234 euros/m2) e Loulé (2.099 euros/m2).

Ainda acima dos 1.500 euros estão também os concelhos algarvios de Lagos (1.923/m2 euros), Albufeira (1.914 euros/m2), Tavira (1.806 euros/m2), Lagoa (1.626 euros/m2), Faro (1.600 euros/m2), Vila Real de Santo António (1.574 euros/m2), Aljezur (1.547 euros/m2) e Silves (1.504 euros/m2).

Na AML, ficam acima do valor referência de 1.500 euros os concelhos de Odivelas (1.781 euros), Loures (1.627 euros/m2) e Almada (1.515 euros/m2).

O Porto, com valor mediano de 1.837 euros/m2, e o Funchal, com 1.544 euros/m2, são os únicos municípios fora da AML e da região do Algarve a ficarem acima dos 1.500 euros/m2.

Os dados mostram que duas freguesias de Lisboa registaram preços superiores a 4.500 euros/m2: a de Santo António (4.932 euros/m2) e a da Misericórdia (4.813 euros/m2).

No Porto, a União de freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde foi zona que registou o maior preço mediano de alojamentos vendidos (2.492 euros/m2).

O INE alerta para o facto de estes dados não traduzirem ainda o impacto da pandemia da covid-19, decretada em 11 de março pela Organização Mundial de Saúde, no mercado habitacional.

No entanto, o INE adverte que “os resultados apurados até ao quarto trimestre de 2019 são relevantes para estabelecer um ponto de partida para avaliar o impacto da pandemia, causada pelo novo coronavírus”.