A Covid-19 marcou definitivamente o mercado automóvel europeu em Março, que caiu 39% para 5,55 milhões de veículos. Segundo os dados da Jato agora revelados, esta foi a maior quebra de vendas registada desde 1980, ano em que a empresa começou a registar as transacções no Velho Continente.

Os países mais afectados pela pandemia foram os que viram as transacções de veículos cair de forma mais acentuada, com Itália a ter a procura reduzida em 86%, seguida da França (72%) e Espanha (69%). Portugal surge na 8ª posição entre países mais prejudicados, com 57%. No extremo oposto figuram a Finlândia e a Lituânia, ambas com apenas 1%.

A quebra nas vendas parece ter influenciado mais os veículos animados por motores de combustão do que os eléctricos e híbridos plug-in, que até viram as vendas subir, em percentagem do mercado, de 7% para 17%. O ganho foi realizado à custa dos modelos com motor a gasolina, que caíram de 60% em Março de 2019 para 55% este ano, com o motores diesel a seguirem o padrão, baixando de 31% para 27%.

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O top 10 dos veículos mais vendidos foi liderado pelo Volkswagen Golf, com 23.757 unidades, seguido pelo Tesla Model 3 (15.502). O eléctrico norte-americano bateu o Ford Focus (14.587), o Renault Clio (13.369) e o Mercedes Classe A (13.225).

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Entre os automóveis eléctricos, o Model 3 foi claramente o primeiro, com o Renault Zoe a transaccionar 4.298 unidades, à frente do Volkswagen e-Golf (3.434), Audi e-tron (3.373) e Nissan Leaf (2.800).

A procura entre os híbridos foi liderada (como sempre) pela Toyota, com a marca japonesa a chamar a si os três primeiros lugares. O Corolla (9.710) posiciona-se à frente do C-HR (7.915) e do Yaris (5.274). A 4ª posição pertenceu ao Range Rover Evoque (4.122) e a 5ª ao Toyota RAV4 (4.051).

Nos híbridos plug-in, a Mitsubishi foi quem mais clientes aliciou com o Outlander (3.461), à frente do BMW Série 3 (1.998), Volkswagen Passat GTE (1.799), Kia Niro (1.588) e Volvo V60 (1.482).