O epidemiologista Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas, que tem acompanhado Donald Trump nos briefings de acompanhamento da crise da Covid-19 nos EUA, não vai responder às perguntas de um painel da Câmara dos Representantes.

A decisão de impedir Anthony Fauci de testemunhar na comissão de inquérito de à gestão da pandemia nos EUA partiu da Casa Branca, que em comunicado sustentou que aquela participação seria contraproducente neste momento.

“Embora a a administração Trump continue a dar uma resposta ampla à Covid-19, incluindo a reabertura em segurança da América e o desenvolvimento expedito de uma vacina, é contraproducente que as pessoas envolvidas nesses esforços se apresentem em sessões no Congresso”, disse o porta-voz da Casa Branca, Judd Deere, ao Washington Post. “Estamos determinados a trabalhar com o Congresso e testemunhar numa altura adequada.”

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À decisão de rejeitar o pedido da Câmara dos Representantes (a câmara baixa, que tem maioria do Partido Democrata) seguiu-se a aprovação, também da Casa Branca, para Anthony Fauci testemunhar no Senado, onde o Partido Republicano está em maioria. O depoimento de Anthony Fauci no Senado está previsto para 12 de maio.

A recusa da Casa Branca foi contestada pelas duas congressistas que chefiam as comissões responsáveis por chamar Anthony Fauci à Câmara dos Representantes. Em comunicado, as democratas Nita Lowey e Rosa DeLauro defenderam que os norte-americanos e o Congresso “merecem conhecer de forma clara o caminho que está pela frente na resposta à pandemia da Covid-19”.

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Dada a ausência de Anthony Fauci, a comissão da Câmara dos Representantes em causa, que decidiu excecionalmente reunir presencialmente em Washington D.C., vai receber thomas Frieden, que chefiou o Centro para o Controlo e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla inglesa) durante a administração de Donald Trump.

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