O governo de Macau prometeu esta segunda-feira aumentar o apoio aos alunos que estudam em Portugal, no âmbito do desenvolvimento dos quadros bilingues chinês-português.

“Em articulação com o posicionamento de Macau no desenvolvimento de quadros qualificados bilingues em chinês e português, o Fundo de Ensino Superior irá aumentar o apoio aos alunos para prosseguirem os seus estudos em Portugal”, disse a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura na apresentação das Linhas da Ação Governativa (LAG) para a área que tutela.

“Quanto ao reforço dos trabalhos de formação na área da educação turística, será promovida a construção do Centro Internacional Português de Formação por parte do Instituto Politécnico de Macau (IPM)”, salientou Elsie Ao Ieong na Assembleia Legislativa (AL).

Em 20 de fevereiro, as autoridades já tinham aberto, até 6 de novembro, o prazo para apresentação de candidaturas por parte de instituições do ensino superior do território para financiar a formação de quadros bilingues em chinês e português. Um plano de financiamento especial que visa incentivar o reforço da cooperação do ensino superior de Macau na formação de quadros qualificados bilingues em chinês e português.

O âmbito do financiamento foi alargado este ano “para encorajar a realização de ações de intercâmbio das instituições do ensino superior de Macau, em cooperação com entidades do ensino superior ou com entidades congéneres dos países de língua portuguesa”, informaram as autoridades.

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O Fundo do Ensino Superior vai continuar a financiar projetos académicos e de investigação científica do ensino superior, de estudos sobre as diferenças entre os países lusófonos, de fóruns ou de seminários, bem como a formação e intercâmbios que melhorem a qualidade do ensino e as habilitações profissionais dos docentes, de Macau, da China continental e dos países de língua portuguesa.

Por outro lado, mantêm-se os apoios à formação em coorganização com instituições do ensino superior e entidades dos países lusófonos; a projetos académicos e de investigação científica; à publicação de obras académicas, ou exploração e compilação de materiais didáticos portugueses para falantes de língua materna chinesa; à exploração de materiais didáticos eletrónicos para cursos bilingues em chinês e português; e à organização de formação que melhore a capacidade pedagógica e de investigação científica.

Se as instituições do ensino superior de Macau podem apresentar as candidaturas até 6 de novembro, já o prazo para projetos de investigação termina a 4 de setembro. Os projetos das candidaturas podem ser plurianuais, com um prazo de dois anos e concluídos antes de 31 de agosto de 2022.