Só em março — mês em que os trabalhos parlamentares só foram afetados quase na segunda quinzena devido à pandemia de Covid-19 — a Assembleia da República gastou menos 288 mil euros do que no mês anterior nos subsídios de deslocação residência-Parlamento e de deslocação nos círculos eleitorais, avança o Jornal de Notícias (edição fechada). De acordo com dados cedidos pela secretaria-geral do Parlamento ao diário, a poupança foi de 253 mil euros nas deslocações de casa para o hemiciclo e de 35 mil euros nas deslocações junto do eleitorado que representam.

No caso das deslocações entre a residência e o Parlamento, segundo as contas do Jornal de Notícias, a quebra foi de 73% (128,5 mil euros em março, contra 381,8 mil euros em fevereiro). A quebra é igualmente significativa na comparação homóloga com o ano anterior: o abono tinha custado 350 mil euros em março de 2019. Utilizaram este abono 206 deputados (mas há 226 com direito a ele). Já nas deslocações no círculo eleitoral o Parlamento gastou 91,4 mil euros em março contra 126,8 mil euros de fevereiro.

Só o subsídio de deslocação entre a residência e o Parlamento custou em 2019, 3,3 milhões de euros, um valor que se previa que aumentasse em 2020, já que em vez de 214 deputados com este apoio (números do ano anterior), agora são 116. Apesar da quebra em março, os dois apoios custaram ao orçamento da AR 1,16 milhões de euros nos primeiros três meses deste ano.

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