A polícia holandesa deteve esta terça-feira na estação central de Haia dezenas de manifestantes que protestavam contra as medidas oficiais para travar os contágios pelo novo coronavírus, exigindo o fim do confinamento parcial aplicado desde meados de março.

As autoridades policiais estimam em cerca de 200 as pessoas em protesto na manifestação, que não fora comunicada antecipadamente à câmara de Haia e que começou, sem conhecimento das autoridades, num parque próximo da estação central.

O presidente da câmara de Haia, Johan Remkes, acabou por, já depois de este se ter iniciado, autorizar o protesto por razões de segurança, tendo os manifestantes mantido uma distância de segurança de cerca de metro e meio entre cada um.

Segundo a câmara local, os manifestantes, porém, não se mantiveram no local autorizado, tendo começado a circular por outras zonas da cidade, o que levou a polícia a interromper a manifestação.

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Embora a polícia não especifique o número exato de detidos, a agência noticiosa holandesa ANP adianta que pelo menos meia centena de manifestantes foram presos por se negarem a pôr cobro ao protesto e foram transportados para o comando policial de Haia em vários autocarros da empresa de transportes públicos HTM, para que pudesse ser garantida a distância de segurança entre eles.

A estação de televisão holandesa NOS adiantou que realizou outra manifestação paralela em Utrecht, 50 quilómetros a oeste de Haia, onde cerca de 150 pessoas se concentraram e se abraçaram para protestar contra as medidas restritivas impostas pelo Governo para travar a propagação da pandemia do novo coronavírus.

Segundo a NOS, a polícia local não procedeu a qualquer detenção nem aplicou multas por violação da proibição de aglomerações. Segundo os dados oficiais mais recentes, os Países Baixos registaram, até esta terça-feira, mais de 41.087 casos de covid-19 e 5.168 mortes