A National Highway Traffic Safety Administration, que controla os problemas técnicos detectados nos modelos à venda nos EUA, forçando os fabricantes a informarem publicamente os proprietários e o público para não se exporem a multas pesadas – medida que não tem paralelo na Europa –, fez eco do recall anunciado pela McLaren. Nele a marca reconhece que existe um risco de incêndio em 2763 veículos, devido à corrosão que ataca o depósito de gasolina, potencialmente provocando fugas e consequentes incêndios.

De acordo com o relatório Part 573, a McLaren terá detectado quanto um cliente da Letónia se queixou de um persistente cheiro a gasolina que parecia ter origem na parte inferior do carroçaria do seu 570GT. O depósito foi substituído, com o antigo a ser enviado para Woking, a sede do fabricante, que posteriormente o fez chegar ao fornecedor, com o pedido para determinar a origem da deficiência.

A conclusão  apontou para a placa de espuma colocada a proteger o depósito, que absorve humidade, a qual fica depois longo tempo em contacto com o depósito, levando à sua corrosão e perfuração. A deficiência envolve praticamente todos os modelos da marca, atingindo mesmo os Senna, que já foram vítimas de alguns casos de incêndios, tendo um dos episódios mais recentes alegadamente tido lugar em Braga.

A ordem dada aos concessionários é retirar a placa de espuma dos desportivos em causa, cuja função é absorver ruído e vibrações, não sendo assim essencial para funções estruturais, de suporte ou de fixação. O curioso ou lamentável, segundo o ponto de vista, é que os clientes americanos e o público foram informados, enquanto os europeus continuam a depender da boa vontade e timings dos fabricantes, o que torna muito vezes difícil, ou demasiado lenta, a notificação do novo proprietário, em caso de revenda do veículo.

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